CUIDADO COM O QUE VOCÊ DIZ!

Um forte estímulo à comunicação primal (postural, gestual, facial, de olhar, afetiva e emocional) é o que a Biodança busca resgatar e integrar, excluindo das sessões por pelo menos alguns momentos o cortical, ou seja, a palavra, o verbal, elemento cultural da comunicação que, tanto na vida da espécie quanto na vida individual, emerge pelo aprendizado, bem depois da comunicação instintiva. (“O Corpo Fala”, Pierre Weil).

É claro, entretanto, que no cotidiano podemos e devemos fazer uso concomitantemente da linguagem cerebral, oral, para nos comunicarmos. Trata-se de usar um código fonético sonoro que tem lá seus desafios, no sentido da comunicação eficaz, simpática e até empática. Envolve entonação, timbre, volume, frequência, etc., e obviamente o sentido comum que em determinada cultura comunal é conferido aos termos.

Por isso, oferecemos a seguir algumas observações quando a “palavras mágicas”, ou seja, aquelas que podem abrir ou fechar portas, viabilizando ou inviabilizando a comunicação. Vale refletir e dar-se conta desses detalhes tão decisivos para a boa convivência nos relacionamentos do dia a dia.
Recorrendo aos fundamentos da PNL – Programação Neurolinguística, descobrimos que algumas expressões condicionam o cérebro, influenciam as ações, aproximam ou rechaçam pessoas e objetivos. Assim, há várias palavras que você deve utilizar e outras que devem ser evitadas a todo custo se quiser obter sucesso na interlocução com alguém e alcançar exitosamente suas metas. Vamos a alguns exemplos:

AINDA – Uma das palavras positivas que abrem muitas possibilidades. Por exemplo: Na frase “Não tenho carro ainda”, está implícita a ideia de que posso não ter neste momento, mas que é só uma questão de tempo. Porém, nosso cérebro fará interpretação totalmente perigosa se utilizarmos o termo em frases como: “com tantos assaltos por aí, ainda não fui assaltado” … nosso sistema vai interpretar como uma falta e um pedido e vai providenciar que aconteça!

TENTAR – Verbo que denota pouca ou má vontade. “ Não sei, vou tentar”. Expressão terrível! Declaração contundente de que é possível apenas tentar, mas muito difícil de conseguir.

EXPERIMENTAR – É um ótimo verbo. Experimentar inclui curiosidade, desejo e ação. Substitua a frase “vou tentar” por “vou experimentar”, e perceba que a segunda é muito mais dinâmica.

É DIFÍCIL– Expressão bloqueadora, paralisante, que retira a energia necessária à ação. Troque-a pelas expressões “É desafiante” ou “É um desafio”. Essa simples troca, pode abrir uma maior possibilidade de sucesso.

GOSTARIA, QUERIA – Usar esses verbos no futuro do pretérito distancia muito do objetivo. Eles devem ser empregados sempre no presente: “Eu quero” ou “eu gosto”. Se não, o universo entenderá algo como “passado, mas que algum dia — pode ser daqui 50 anos! — você quer que aconteça”. O universo, então, não terá pressa.

MAS – A gente só conhece e acolhe o que uma pessoa realmente pensa e intenciona expressar depois do “mas”. O “mas” suaviza e mesmo anula o que foi dito até aquele momento e enfatiza o que vem depois. Exemplo: “Fulano é dedicado, mas pouco inteligente”. Experimente inverter a ordem das ideias: “F. é pouco inteligente, mas é dedicado”, ou outro exemplo, que é o ideal, em que dizemos antes o que desaprovamos: “Ela é distraída, mas tem iniciativa e habilidade”.

NUNCA, JAMAIS – Estas expressões restringem a realidade. Generalizam, absolutizam, não dão chance a exceções, fecham qualquer possibilidade, deixam tudo muito muito e muito longe! Não se pode dizer que nunca fará ou jamais será ou acontecerá tal coisa, uma vez que não controlamos a vida, nem o futuro, nem as infinitas possibilidades.

NÃO – O cérebro não registra o não quando acompanhado de uma imagem, como em “Não pense num carro amarelo”. A primeira coisa que se visualiza internamente é justo um carro amarelo! O não, aqui, é simplesmente ignorado. Ou quando se diz: “Não quero gritar igual à minha mãe!”, pois, por milésimos de segundo, o cérebro recupera a memória da mãe gritando. O que está sendo reforçado é a imagem, e é bem provável que o falante venha a gritar tanto quanto a mãe. Sabe-se que o “não” só é registrado em nosso cérebro quando associado a um verbo, a uma negativa simples: “não quero!” ou “não posso!”, por ex.

Em resumo: devemos nos disciplinar para estarmos atentos às palavras que utilizamos. Busquemos falar palavras que sejam positivas, qualificadoras, que encerrem sentimentos, emoções e sensações assertivas e construtivas, ideias de atitudes e ações que levem ao sucesso.

Afinal, sabemos que tudo é vibração, tudo é frequência! Porque a grande verdade é que você pode realizar o que você realmente quiser, você é um CO-CRIADOR. Portanto, substitua algumas palavras ou expressões em seu uso diário e veja a diferença que faz nos resultados.

 

*Estanislau Baptista, @laudabiodanca, facilitador de Biodança e Master em PNL

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